Quero Educação trilha o caminho do bilhão

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Edtech paulista Quero Educação identificou na crise do setor de ensino no país uma oportunidade de negócio lucrativo

Criada na cidade paulista de São José dos Campos, a edtech Quero Educação soube analisar o setor de educação, baseado nas metas do governo e dos números atuais em relação ao ensino no Brasil, uma forma de criar um negócio lucrativo. A proposta da startup é promover o acesso à educação de um modo mais simples e ainda aperfeiçoar a gestão das instituições. Com isso em mente, foi criado um marketplace de bolsas de estudo, que é o carro-chefe da empresa, além de produtos financeiros e de automação administrativa.

Quero Educação e o governo brasileiro

A meta informada pelo governo nacional é conseguir com que um terço da população com idades entre 18 e 24 anos esteja em uma universidade até o ano de 2024. Porém, as matrículas têm aumentado somente 1% ao ano e o número de vagas na rede pública tem sido reduzido, assim como o acesso a programas públicos de financiamento para a faculdade. Com isso, a maioria dos estudantes do país tem preferido ingressar em instituições de ensino superior privadas, que atualmente concentram 75,3% das matrículas, segundo dados do IBGE.

De acordo com uma das fundadoras da Quero Educação, Renata Rebocho, em declaração à Forbes-UOL:

“Enquanto uns choram, outros vendem lenços”.

Só neste, a edtech contratou 500 novos colaboradores e está em fase de levantamento de capital junto a investidores nacionais e estrangeiros. A empresa também planeja um IPO em cinco anos. Sobre isso, Renata ressaltou:

“Não é porque o governo está se ausentando de algumas ações que as pessoas precisam deixar de estudar: nós surgimos como uma solução para esse problema.”

Rede de parceiros

A Quero Educação possui parceria com mais de seis mil instituições, e hoje também os ensinos fundamental e médio, além de companhias de intercâmbio e escolas de idiomas. Deste modo, afirma Renata, o mercado potencial para a startup atinge 50 mil instituições de clientes. Já a projeção para este ano é que 600 mil estudantes sejam contemplados pela plataforma. Atualmente, o valor de mercado da edtech está estimado em US$ 600 milhões, caminhando para o primeiro bilhão de dólares.

Além disso, outra meta do negócio para os próximos meses é a ampliação internacional, iniciando pelo México, como explica a empreendedora:

“Queríamos fazer muito bem o ensino superior e atingir quase a totalidade do mercado para então partir para outros países.”

Como funciona a plataforma da Quero Educação

A Quero Educação funciona da seguinte forma: por meio da plataforma, as instituições disponibilizam suas cadeiras ociosas e o valor das respectivas mensalidades. Sendo assim, com ela disponível, o aluno consegue gerir suas transações diretamente com a instituição de ensino.

A startup também tem por finalidade um modelo de inteligência educacional com o intuito de auxiliar as empresas a resolver questões como a evasão universitária, hoje em 30%. Renata conclui:

“Num só lugar temos todas as informações sobre os alunos, desde a admissão até a formatura.”

Fonte: Forbes-UOL

*Foto: Divulgação

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