Mercado formal abre 131 mil vagas em julho após 4 meses de queda

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Depois de quatro meses em forte queda, o Brasil criou 131 mil vagas de emprego em julho, ocorrendo uma retomada do mercado formal. Os dados são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta sexta-feira (21) pelo Ministério da Economia.

O índice é resultado de 1.043.650 admissões e 912.640 desligamentos no período. Consequentemente, ele ficou bastante acima das expectativas do mercado, que projetavam entre 10 mil e 25 mil vagas.

Retomada do mercado formal

No entanto, no acumulado do ano de 2020, o número ainda permanece negativo em 1.092.578 empregos. Sobre isso, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou em entrevista coletiva para apresentação dos números:

“Retomamos o ritmo de criação de empregos na economia.”

Setores que impulsionaram o retorno

De acordo com a pasta, o resultado foi impulsionados por alguns setores da economia, entre os quais: Indústria de Transformação, seguido de Construção, Comércio e Agropecuária. Todavia, o setor de serviços apresentou saldo negativo de vagas (-15.948).

Regiões do país

Além disso, todas as cinco regiões do Brasil registraram resultado positivo nas vagas de emprego com carteira assinada no mês passado. em relação a isso, merece destaque a região Sudeste, que obteve 34.157 postos a mais em julho, em comparação ao mês anterior, uma alta de 0,18%.

Já a região Norte teve a maior variação relativa do estoque de vagas, observa a pasta, com alta de 0,76% de um mês para o outro (13.297).

Mercado de trabalho formal reage em meio à pandemia

Sendo assim, o mercado formal de trabalho continua reagindo em maio à crise provocada pela pandemia da Covid-19. Isso tudo após registrar uma queda significativa no saldo de vagas em abril e uma pequena recuperação em maio, e uma reação mais forte em junho, reforça Guedes:

“É sinal que a economia pode fazer o retorno em V (mais rápida).”

Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda

O Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, anunciado no fim de março pelo governo para ajudar empresas no custeio da folha de pagamento e permitir a redução de salários e da jornada de trabalho, tem colaborado na manutenção dos empregos.

Guedes afirma que com o sucesso do programa ele será estendido por mais dois meses. Em torno de 16 milhões de acordos foram firmados até hoje.

Sobre isso, Bruno Bianco, secretário especial da pasta reforçou:

“O programa vai continuar ficando disponível com o mesmo orçamento inicial para ais dois meses para aqueles setores que ainda estão precisando.”

Programa Verde Amarelo, Renda Brasil

Além disso, Guedes afirma também que na próxima terça-feira (25) serão anunciadas mais novidades:

“Verde Amarelo, Renda Brasil e mais coisas que nós estamos elaborando.”

Posição de economistas

No entanto, para economistas, essa expectativa pode ruir com o aumento das incertezas, revela André Loes, sócio da gestora Kairós Capital:

“Por mais que tenha saído do olho do furacão, daquela redução de mobilidade que causou o fundo do poço em abril, a gente está longe de ter uma situação de normalidade.”

Apesar da reabertura total da economia, é natural que a reação dos consumidores seja de ter mais cautela ainda.

Além disso, vale destacar que existem grupos de negócios que ainda não voltaram à normalidade, decorrente da falta de mobilidade social, afirma o economista. É o caso dos setores de entretenimento, turismo, esportes, eventos corporativos, etc.

*Foto: Divulgação

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