Construtora cresce na pandemia com apartamentos de luxo

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Apartamentos de luxo do grupo Laguna, no Paraná, valem a partir de R$ 2 milhões

Mesmo com a pandemia de Covid-19 e a crise econômica que se instalou no Brasil, o ramo da construção civil está se saindo melhor do que esperavam. Isso porque nos primeiros meses do período de isolamento social as construtoras corriam risco de entrarem processo de renegociação, conforme afirmação de Ricardo K., sócio e CEO da consultoria RK Partners.

Portanto, no segundo semestre de 2020 ocorreu o efeito contrário. Isto é, os negócios foram melhores, tanto no âmbito nacional quanto no regional.

Prova disso é o grupo Laguna, do Paraná, que atua no segmento de alto padrão. A empresa deve encerrar este ano com 15% de crescimento das vendas na incorporação, para R$ 150 milhões, com grande foco em apartamentos de luxo acima de R$ 2 milhões. Além disso, o grupo Laguna lançará em breve um residencial Premium, direcionado a idosos. A empresa identificou um potencial desse nicho de mercado.

Sobre isso, André Marin Laguna, diretor de incorporações do grupo, explicou à revista EXAME:

“Ficamos assustados no início do ano, mas fizemos a lição de casa e devemos colher resultados muito bons.”

Diferentes frentes

O grupo Laguna atua em diferentes áreas ligadas ao mercado imobiliário. Isso inclui: construção e aluguel de lajes corporativas. Em relação ao negócio de incorporação, a empresa possui empreendimentos em Curitiba e no interior de São Paulo. Apesar do grande foco da divisão ainda ser os apartamentos de luxo acima de R$ 2 milhões, o grupo também prepara lançamentos de unidades menores, de 50 a 70 metros quadrados.

“Nas crises, o alto padrão é o último a sofrer porque não depende de crédito, a decisão de investimento está mais ligada ao nível de confiança no país.”

Alto padrão na pandemia

Embora a pandemia tenha afetado muitas empresas, os empreendimentos de alto padrão cresceram neste período. Isso porque as pessoas começaram a olhar mais para seus lares, explica André:

“Oferecemos conforto acústico e térmico, além de plantas diferenciadas. Isso passou a ser muito valorizado.”

Taxa de juros

Além disso, ele acrescenta que a taxa de juros em mínima histórica também contribuiu para que tenha mais uma busca por um imóvel com potencial de valorização.

“Os terrenos estão ficando escassos e há quem esteja comprando de olho no futuro para alugar ou revender.”

Residenciais para idosos

Em contrapartida, um nicho de mercado ainda pouco explorado é o de residenciais para idosos. O diretor afirma em que em 2021 a empresa lançará um empreendimento de duas torres neste segmento. Uma delas será corporativa, direcionada a consultórios e clínicas, com infraestrutura para abrigar equipamentos especializados, além de portas mais largas, e outros requisitos para a área médica.

Já a outra torre será residencial e exclusiva para moradores acima dos 60 anos de idade. Ou seja, quem estiver abaixo desta faixa etária estará proibido de morar no local. a empresa afirma que se inspirou em um modelo na Flórida (EUA), que privilegia um ambiente agregador, com bastante atividade e até assistência básica de saúde dentro do condomínio.

“Queremos que o residencial traga segurança para o morador e também para os filhos, que podem ficar mais tranquilos. Temos, por exemplo, sensor de queda, um problema comum entre idosos.”

Mercado imobiliário

Para 2021, o grupo Laguna lançará três empreendimentos, incluindo o para idosos. Além disso, a empresa espera que o mercado imobiliário fique ainda mais aquecido.

“Tudo indica que o Brasil vai fazer a lição de casa, rumo ao controle fiscal. Com um ambiente propício, o setor continuará aquecido.”

*Foto: Divulgação

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