Quais materiais chegam ao mercado para substituir o plástico?

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Após constantes campanhas veiculadas na mídia, a questão da proibição do plástico em nosso dia a dia tem sido assunto de extrema importância.

As pessoas agora param para pensar como podem ajudar a produzir menos plástico e causar menos impacto no planeta.

A partir disso, naturalmente, chegamos à conclusão que precisamos testar outros tipos de matéria-prima que possam ser encontradas na natureza, na intenção de substituir o famoso polietileno que utilizamos diariamente.

A ideia é alterar a forma como o ser humano age em seu cotidiano também, desde sua ida ao supermercado e pedir mais uma sacolinha branca para se juntar a tantas outras que já tem em casa, além das garrafas pet acumuladas na residência.

A boa notícia é que antes desse “boom” midiático, cientistas e engenheiros já estão focados em estudos para criarem alternativas renováveis e gerarem menos desperdício.

Hoje, já é possível o uso de madeira líquida e algas marinhas em sistemas de isolamento térmico.

Além de serem uma opção sustentável em relação aos polímeros feitos de amido de plantas fermentadas, como a batata e o milho.

OUTROS MATERIAIS ENCONTRADOS NA NATUREZA

Importante ressaltar que não é só o plástico que impacta de forma negativa no meio ambiente.

Outros produtos encontrados na natureza podem substituir materiais que causam mais danos por serem difíceis de reciclar, em sua maioria, a longo prazo.

Conheça abaixo alguns desses materiais:

Lã de Pedra: é formada a partir do esfriamento da lava, achada na rocha magmática e fundida à escória (produto descartado na produção de aço), que são transformadas em fibras similares a um algodão doce.

Por possuir uma boa capacidade acústica e térmica, além de ser resistente à água, sua durabilidade em condições climáticas extremas chama a atenção de arquitetos, por exemplo.

Para o ramo da construção civil aliado a um bom projeto arquitetônico, os profissionais deste setor veem na lã de pedra uma alternativa sustentável, estética e, principalmente, econômica.

O Grupo Rockwool é dos principais fabricantes de isolamento de lã de pedra do mundo e já atendeu instalações na O2 Arena (Londres) e o Aeroporto de Hong Kong.

Fungos Remodelados: os fungos que crescem em árvores e em cogumelos da floresta em breve serão substitutos do poliestireno na fabricação de móveis e artigos de couro, entre outras possibilidades.

Empresas do setor já produzem soluções criativas com o auxílio dos fungos, é o caso da MycoWorks, que solidifica essa matéria-prima, transformando-a em produtos similares ao látex.

Já a empresa Evocative Design (Nova York) utiliza o caule do micélio (tipo de fungo) na produção de painéis de madeira e embalagens que bloqueiam o fogo.

Seu aquecimento também é capaz de criar um polímero natural tão aderente quanto a cola mais resistente do mercado.

Tijolos de Urina: Em contrapartida à diminuição da emissão de dióxido de carbono a partir do cimento de concreto comum, estudiosos criaram outras possibilidades menos agravantes, como os tijolos de urina.

Este material é constituído de areia, nutrientes e ureia (substância da urina humana), adicionados ao cloreto de cálcio que é o componente que cola as moléculas de areia, o transformando em um tijolo.

Restam estudos mais eficazes para que este tijolo se transforme em um cimento de concreto tão ativo a ponto de poder ser utilizado pelo menos na construção de estruturas temporárias, como por exemplo, em um estande participante de um evento.

Compensado de madeira mais sustentável: só é considerado de uso “mais verde” e de menos impacto ao meio ambiente a madeira que não utilizar na fabricação de um móvel, por exemplo, o formaldeído como alternativa de cola – mesmo sendo incolor, este produto é altamente inflamável e de forte cheiro, causando até dificuldade de respiração ao mínimo contato.

Atualmente, a empresa NU Green atua no mercado criando alternativas para não utilização deste componente tóxico.

Em vez disso, eles produzem um material feito de fibras de madeira recuperadas e renováveis, como caules de milho e lúpulo, chamadas de Uniboard.

Elas são capazes de produzir menor emissão de gases de efeito estufa, além de atuar na preservação de árvores e redução dos lixos de aterros sanitários.

*Foto: Reprodução / Free Images – Dimitar Tzankov

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