IPCA-15 ascende 1,05% no mês de dezembro

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Índice do IPCA-15 foi considerado o maior nível para dezembro nos últimos 4 anos

O último mês de 2019 foi marcado por uma forte aceleração na prévia da inflação oficial brasileira, que inclui o peso dos preços das carnes e ainda registrou o maior nível para dezembro em quatro anos. Porém, mesmo assim, é um indicativo de que a alta dos preços encerrará o ano abaixo do centro da meta pela terceira vez consecutiva.

Neste mês, IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15) ascendeu 1,05%, ante 0,14% em novembro, de acordo com dados IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgados no último dia 20.

Com isso, foi constado que este é o nível mais alto para o indicador desde junho de 2018, com 1,11%, e o mais forte para o mês de dezembro desde 2015, com 1,18%.

IPCA-15 neste ano

Em 2019, ao longo do ano até chegar a dezembro, o IPCA-15 acumulou alta de 3,91%, contra 2,67% no mês anterior, apontando que a inflação brasileira medida pelo IPCA encerrará o ano pela terceira vez consecutiva abaixo do centro da meta oficial, de 4,25% com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Todavia, uma forte aceleração já era aguardada, porém, os resultados também ficaram acima das expectativas, segundo pesquisa da agência Reuters, que registrou alta de 0,95% em dezembro e 3,80% em 12 meses, na média das projeções.

Carnes e outros itens

Já os preços das carnes praticaram o maior peso individual no IPCA-15 deste mês, com alta de 17,71% e impacto de 0,48 ponto. Com isso, a corporação de alimentos e bebidas mostrou a maior variação ao subir 2,59%, e de alta de 0,06% no mês passado.

Além disso, também contribuíram para o resultado do grupo, o valor que foi refletido no bolso do consumidor em outros itens, como o feijão-carioca (20,38%) e as frutas (1,67%).

Despesas pessoais no IPCA-15

O setor de despesas pessoais também foi destaque no IPCA-15, onde os preços tiveram avanço de 1,74% neste mês, e de 0,40% em novembro, com alta de 36,99% dos jogos de azar.

Diante de um panorama de inflação fraca, o Banco Central decidiu diminuir no começo de dezembro a taxa básica de juros Selic, em 0,5 ponto pela quarta vez seguida, com nova mínima histórica de 4,5%. No entanto, a instituição pediu cuidado em relação aos juros dali para frente, em meio a uma retomada econômica com maior risco.

Os contratos de juros futuros projetavam no último dia 18 um crescimento próximo de 1 ponto percentual da Selic ao longo do ano que vem.

Além disso, o BC também passou a visualizar menos riscos baixistas para a inflação, tanto é que aumentou suas projeções para o IPCA em 2019, deixando-o mais próximas da meta oficial.

Fonte: Revista Exame

*Foto: Divulgação

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