Crescimento econômico em 2023: Mercado aumenta projeção

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Crescimento econômico em 2023 tem a ver com expectativa para o PIB que subiu de 0,9% para 0,96%

A previsão do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira em 2023 subiu de 0,9% para 0,96%. A estimativa está no boletim Focus da última segunda-feira (24/04), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a projeção para os principais indicadores econômicos.

Crescimento econômico em 2023

Contudo, para o ano de 2024, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país) é um crescimento de 1,41%. Em 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,7% e 1,8%, respectivamente.

IPCA

Já a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, também subiu, de 6,01% para 6,04% neste ano. Para o próximo ano, a estimativa de inflação ficou em 4,18%. Para 2025 e 2026, as previsões são de 4%, para os dois anos.

Além disso, a estimativa para este ano está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é 3,25% para 2023, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior 4,75%. De acordo com o BC, a chance de a inflação oficial superar o teto da meta em 2023 é de 83%.

A projeção do mercado para a inflação de 2024 também está acima do centro da meta prevista, fixada em 3%, mas ainda dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Vale lembrar que em março, a inflação desacelerou para todas as faixas de renda. Mesmo assim, puxado pelo aumento dos preços dos combustíveis, o IPCA ficou em 0,71%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado é inferior à taxa de fevereiro, de 0,84%. Em 12 meses, o indicador acumula 4,65%, abaixo de 5% pela primeira vez em dois anos.

Taxa de juros

Para atingir a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A taxa está nesse nível desde agosto do ano passado, e é o maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava nesse patamar.

Taxa Selic

Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre 2023 em 12,5% ao ano. Para o fim de 2024, a estimativa é que a taxa básica caia para 10% ao ano. Já para o fim de 2025 e de 2026, a previsão é de Selic em 9% ao ano e 8,75% ao ano, respectivamente.

Todavia, o patamar da Selic é motivo de divergência entre o governo federal e o Banco Central. Quando o Copom eleva a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso provoca reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Sendo assim, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

Dólar

A expectativa para a cotação do dólar está em R$ 5,20 para o final deste ano. Para o fim de 2024, a previsão é de que a moeda americana fique em R$ 5,25.

*Foto: Reprodução/Flickr (Rctk caRIOca)

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