Alimentos em pó: startup Mahta aposta em crescimento

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Foodtech de alimentos em pó apostam em produtos funcionais com ingredientes cultivados por pequenos produtores comprometidos com a preservação das florestas brasileiras

Cada vez mais o ramo de foodtechs ganha espaço no Brasil. Nome em inglês diz respeito a empresas que trabalham no segmento da alimentação com a ajuda da tecnologia.

O que é Foodtech?

Em suma, toda foodtech se preocupa verdadeiramente com a saúde dos consumidores e não compactua com os métodos de produção de alimentos e bebidas que impactam o meio ambiente demasiadamente.

Além disso, muitas empresas elaboram seus negócios sempre à base de plantas e em laboratórios, produtos que todo mundo conhece. Isso inclui hambúrguer e maionese. Agora, a meta é convencer o maior número possível de consumidores a adotar hábitos mais sustentáveis.

Até 2019, segundo a Infobase, 332 companhias do gênero foram criadas no Brasil. Apenas em 2021, elas receberam um investimento que totaliza US$ 16,9 bilhões. Do ponto de vista global, o valor das foodtechs deverá chegar a R$ 980 bilhões neste ano. 

Qual o objetivo da empresa de alimentos em pó?

O objetivo da Mahta é produzir alimentos em pó de modo funcional e contribuir com a preservação das florestas brasileiras.

Fundada por Max Petrucci e Edgard Calfat, a foodtech recorre a ingredientes fornecidos por comunidades tradicionais da Amazônia e por pequenos agricultores que operam segundo os preceitos dos chamados sistemas agroflorestais.

Produtores

Contudo, em Rondônia, a Associação dos Pequenos Agrossilvicultores e a Cooperativa Agropecuária e Florestal do Projeto RECA são dois elos da cadeia desenhada. E também a Cooperativa dos Agricultores do Vale do Amanhecer (Coopavam), do norte de Mato Grosso. Em comum, os fornecedores possuem o compromisso de manter nossas florestas em pé.

Como são produzidos os alimentos da startup Mahta?

Até 2050, estima-se que o planeta precisará conviver com 1 bilhão de pessoas a mais. Porém, haverá ainda o desafio de aumentar a produção de alimentos sem o uso de mais recursos naturais.

E é justamente aí que entra a agricultura regenerativa, que também reduz a necessidade de irrigação – especialmente onde os recursos hídricos são mais escassos.

Uma das técnicas utiliza o sistema ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta). Ele viabiliza a redução de custos, resulta em mais produtividade e sustentabilidade e propicia o aumento da produção sem aumentar a área da fazenda. O ILPF integra diferentes sistemas de produção: agricultura, pecuária e cultivo florestal, dentro de uma mesma área.

Em um estudo recente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) indicou uma série de benefícios relacionados: do aumento da produção de grãos à melhoria do bem-estar dos animais, graças ao conforto térmico proporcionado.

Além disso, outra vantagem e tanto da agricultura regenerativa é a recuperação de áreas degradadas. Em 2018, havia no Brasil um total de 99 milhões de hectares de pastagem com algum grau de degradação.

Por fim, Max Petrucci, CEO da Mahta enaltece a agricultura regenerativa:

“Além de beneficiar quem consome, nossos alimentos beneficiam o produtor da ponta, que respeita os ciclos da natureza.”

*Foto: Reprodução

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