Pandemia de Covid-19 gera 16 milhões de novos assinantes à Netflix

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Segundo analistas do mercado financeiro era estimado um crescimento de 8,5 milhões de novos assinantes à Netflix durante o primeiro trimestre, em decorrência da pandemia da Covid-19

A plataforma de streaming de filmes e séries, Netflix, anunciou hoje que ganhou 15,8 milhões de assinantes apenas no primeiro trimestre de 2020. Uma alta de 23% nos negócios, em comparação ao mesmo período do ano passado. O aumento tem relação à pandemia de Covid-19 que assola o mundo todo, fazendo com que mais pessoas fiquem em casa, tornando-se novos espectadores no mundo todo.

Pandemia traz novos assinantes à Netflix

De acordo com analistas do mercado financeiro, havia uma projeção inicial de que a companhia de entretenimento, que possui capital aberta e é listada na bolsa americana de tecnologia Nasdaq, ganharia 8,5 milhões de assinantes entre os meses de janeiro e março.

Neste primeiro trimestre, a receita da Netflix foi de US$ 5,8 bilhões, em linha com o previsto pelo mercado, e com lucro por ação de US$ 1,57, mas que ficou abaixo do US$ 1,64 esperado. Apesar do aumento do número de novos assinantes, o resultado financeiro não acompanhou, pois o dólar se valorizou muito em comparação a outras moedas nos primeiros três meses de 2020. Além disso, a plataforma de streaming teve despesas de US$ 218 milhões em função da paralisação de todas as suas produções de filmes e séries com a propagação da Covid-19 no mundo todo.

No final de 2019, a companhia divulgou que apesar de seu primeiro mercado continuar a ser nos Estados Unidos, que seu terceiro maior mercado é a América Latina, com US$ 2 bilhões de receita, como podemos ver aqui.

Contudo, sua equipe operacional não foi modificada. No entanto, o time de atendimento ao consumidor precisou ser capaz de dar conta de um forte aumento da demanda.

Ações da Netflix na Nasdaq

No aftermarket da Nasdaq, as ações da Netflix apresentaram baixa de 0,5%, negociadas a US$ 432,96. Entre os investidores, ainda restam dúvidas sobre quantos dos novos assinantes da empresa de entretenimento vão permanecer como clientes na plataforma após a quarentena passar a ser flexibilizada em todos os países atingidos pelo novo coronavírus.

Também foi visto com preocupação o aumento de desempregados e a queda da renda, em função da desaceleração da economia. Tudo isso pode prejudicar o balanço da Netflix já neste trimestre.

Além disso, a elevação na base de assinantes do começo deste ano também é uma surpresa, já que a empresa tem enfrentado uma concorrência crescente. Sua rival, Disney, lançou seu streaming de entretenimento nos Estados Unidos, em novembro de 2019, ao custo de US$ 6,99 mensais no plano mais barato. Atualmente, a assinatura básica da Netflix custa US$ 8,99.

Fonte: Revista EXAME

*Foto: Divulgação

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